Veja um resumo do texto "Da Informática à Escola Virtual" disponibilizado numa apostila produzida pela UFPE com informações sobre Educação à Distância.
As últimas duas décadas trouxeram mudanças marcantes para a Educação. O avanço dos estudos sobre as teorias construtivistas e sócio-construtivistas da aprendizagem, a informática e outros avanços tecnológicos modificaram não só a concepção tradicional de aprendizagem, como também a noção de tempo e espaço.
Neste contexto, surge o que o romancista norte-americano, William Gibson, em 1984, denominou “cyberespace”, ou, para nós , ciberespaço.
Antes de iniciarmos nossas reflexões sobre esta relação entre o ciberespaço de Gibson e a Educação, é preciso que se deixe repousar no passado a idéia e o conceito de “aluno” como aquele que não tinha “luz” (alumni) e resgatar da Escola Peripatética de Atenas o conceito de aprendiz.
De certa forma parece-nos, no mínimo curioso, que busquemos hoje, passados mais de dois mil anos dessa sociedade ateniense, conceitos que, à luz das discussões atuais, tornam-se tão esclarecedores e reveladores de uma sociedade que mergulha neste cosmos sem dimensões e sem fronteiras.
Diante dessas reflexões defrontamo-nos com as novas tecnologias que chegam como artefatos que ampliam e facilitam algumas habilidades do homem. Pierre Lévy, filósofo francês que estuda a Cibercultura, aponta algumas transformações nas relações de aprendizagem entre o aprendiz e o professor. Dentro desta perspectiva tecnológica, o professor desenvolve um papel de mediador no sentido proposto pela abordagem construtivista sóciointeracionista de L.S. Vygotsky.
Neste novo estado, muda-se também a noção de conhecimento, que passa a fazer parte do universo virtual. Assim como o dinheiro, o entretenimento e o comércio , o conhecimento passa a ser encarado como algo com possibilidade de vir a ser, como algo que está em constante processo de construção e reformulação, o conhecimento virtual, potencial, que se realiza no contexto ciberespacial.
[...]
Dialogando com o professor Nelson Pretto, da Universidade Federal da Bahia, vemos, cada vez mais, a necessidade de colocar a escola dentro dessa “nova ordem” e não o seu inverso. Neste instante o professor-mediador desempenhará seu papel sublime e essencial de orientar seus aprendizes e de saber, também e inovadoramente, ser orientado por eles na construção de seus conhecimentos.
Cabe então, aos educadores desta nova era, reavaliar os valores e as relações entre Educação, cultura e sociedade.
Aqui, apresentamos alguns princípios que acreditamos poder auxiliar pesquisadores e estudantes de Educação a compreenderem melhor este novo espaço cibernético, percebendo-o como um grande sistema de informações propício a intervenção direta ou indireta do homem.
Disponível em: http://salasvirtuais.universia.com.br/docs/basemenu/apostila.pdf
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